Antigamente

Eu dei, eu dei,

eu dei, eu dei

Eu dei um n� no rami do berimbau

Eu dei, eu dei,

eu dei, eu dei

Eu dei um n� no rami do berimbau

Que eu sou do tempo que dobr�o era dinheiro

E com uma pedra se tocava um berimbau

E a alegria do negro acorrentado

Era s� a capoeira depois do canavial

Eu dei, eu dei,

eu dei, eu dei

Eu dei um n� no rami do berimbau

Mudaram mesmo at� o nome dos santos

Pra esconder a verdade do senhor

Corpo fechado era chamado feiti�o

Diziam p�ra com isso, que a� l� vem o feitor

Eu dei, eu dei,

eu dei, eu dei

Eu dei um n� no rami do berimbau

Ainda me lembro quando algu�m tava doente

N�o tinha m�dico, s� um velho rezador

Ia pro mato, trazia raiz-de-pau

O doente levantava sem precisar de doutor

Eu dei, eu dei,

eu dei, eu dei

Eu dei um n� no rami do berimbau

J� n�o se faz mais como antigamente

Houve a quebra das correntes,

Mas de pouco adiantou

Pois foi Zumbi, no Quilombo dos Palmares

Grande a sua valentia, que o seu povo libertou

Eu dei, eu dei,

eu dei, eu dei

Eu dei um n� no rami do berimbau