Sou o filho do cativeiro
Vento de balan�ar mar� (� mar�)
O clamor que vem dos tumbeiros
Fiz do largo do passo ax�
A candeia de Angola, Mo�ambique e do Congo
Fui o cais da esperan�a
A pujan�a do Valongo
Pretos novos acuados
Feito ratos de armaz�m
Suplicavam piedade
Aos senhores do vint�m
Donde vem essa voz, seu mo�o
� um canto de ora��o
Ler� ler�, vem do morro da concei��o
Donde vem esse canto forro
Ecoa de norte a sul
� alab� da falange de Omulu
Iy� Keker� foi Ciata d�Oxum
Kilombo da arte, cangira vodum
Prazeres por Heitor que deu o nome
Onde Donga ao telefone fez a jura pro Sinh�
Eu vi brotar Jo�o e Pixinguinha
No terreiro das baianas
De Gandhi fui herdeiro do agog�
Sou o fim de todo a�oite
Cria da favela
Onde guardam nossa origem
Sou Vig�rio sentinela
Aos rebanhos de pastores que me queiram destruir
Da estiva sou patente
Negro ruim de desistir
Atabaque evocou orix� no Il�
E o ponto firmou no toque do alab�
Pequena �frica, raiz cultural
O samba resiste na Pedra do Sal
