Can��o Noiteira de Acalanto � Tropa

Um assobio chama a noite depois da tropa encerrada,
Mordendo o jogo do freio descansa a pata a gateada
Com olhos de "perro" novo numa manh� de rodeio,
Troca orelha vez por outra, se uma milonga ponteio.

Do moer�o da porteira, uma coruja d� as horas
Bombeando a tropa de perto olhar de estrela de espora
Na noite rec�m dormida quebra o sil�ncio num rogo
Levanta o sono do cusco dormindo perto do fogo.

A noite ronda essa tropa duzentos bois pr� entregar,
Estradas de l�guas largas falta um dia pr� chegar
Amanh�, antes do sol a estrada chama primeiro
De lavras partiu a tropa... bag� � depois dos cerros.

Mais um ponteio de cordas num acalanto pr� bois
Que n�o sabem o seu destino de serem carne, e depois?
E a coruja do moer�o v�a num grito de agouro
Anunciando o �ltimo pouso nos rumos do matadouro.

E ser� pr� sempre assim... as tropas ser�o pra estrada,
As corujas nos moer�es anunciar�o madrugadas.
S� os tropeiros de amanh� ouvir�o um guitarreio
E seu acalanto pr� tropa no r�dio de um boiadeiro.