Velho e solit�rio homem
De barba na cal�ada
Com seu cachorro magro
Na fria madrugada
Esconde
Dentro do peito hoje dormente
A solid�o
Que me cativa
Seu riso amarelado
O corpo j� cansado
Cabelo sobre o ombro
E um olhar desconfiado
Rodeado de mist�rios assim
Acima do comum
Como se soubesse tudo
Do presente, do futuro e do passado
Sauda�es, meu velho guerreiro
Vejo em teu rosto um sinal de desespero
Por enxergar a porta desse nosso cativeiro
Onde o mal domina e todo homem tem seu pre�o
Sauda�es, meu velho guerreiro
E agrade�o por ter te encontrado
Debaixo da chuva nessa m�gica encruzilhada
Sem abrigo ou endere�o somente a estrada
Sauda�es, meu velho guerreiro
Sauda�es por ter me revelado
Que no jogo da vida, as cartas s�o marcadas
Que no jogo da vida poucos tem muito e quantos nada