Faz tanto tempo
Num inquieto regato
A passos lentos
Crescia entre a lama e o mato
Uma flor linda e simpl�ria
Amedrontada da luz
Distanciou-se da hist�ria
E lapidou sua cruz
E como o tempo
� vivo e incontrol�vel
A natureza
Cumpriu-lhe o inevit�vel
Por�m, distante do seio
Proibida de desabrochar
Seguiu sendo arrastada
At� a beira do mar
Flor de passado
Viveu �s margens do rio
Sem permiss�o de sorriso
Num tempo de morte e dor
Por trazer demais no peito
E s� viver de amor
N�o encontrou seu respeito
E a correnteza levou
Ainda me lembro
A voz do teu abra�o
Doce setembro
Uma manh� de brilho ba�o
E como estas mem�rias
S�o tuas que trago em mim
Tamb�m carregas a gl�ria
Do que eu vivo por ti
Flor de passado
Viveu �s margens do rio
Sem permiss�o de sorriso
Num tempo de morte e dor
Por trazer demais no peito
E s� viver de amor
N�o encontrou seu respeito
E a correnteza levou
Flor de passado
Leva a �gua, segue rio-mar
Flor de passado
Deixa a correnteza levar
Flor de passado
Passa �gua, segue rio-mar
Flor de passado
Deixa a correnteza levar