O Desilusionista

Longe da cidade vivia tudo conforme
Desconhecidos padr�es do que � suposto
Seguiam-se as doutrinas e a lei natural
Missa ao Domingo, festa em Agosto
Honesta e penitente era a popula��o
Que por maior bem tinha o cora��o

Numa noite fria avistou-se um vulto
Com inten�es menos que claras
Movia-se em sombras dignas do oculto
Com apari�es breves e raras
E assolou � pra�a erguendo uma tenda
Com um estranho nome pintado � m�o

Chegou o Desilusionista pronto para levar
Pobres almas � maior das salva�es
Chegou o Desilusionista pronto a habilitar
Os Diplomas das melhores institui�es

Foram avan�ando, primeiro a medo
Depois com o g�s da admira��o
Os putos � frente, velhos em segredo
Uma densa roda de aten��o
E quase hipnotizados j� geravam ver
Um milagre pronto a acontecer

Que macabro abradacadbra
Tomou de assalto aquele lugar
No feiti�o da palavras
Que se ouviam cantar
La la la la la la la la
Gritava forte a multid�o
La la la la la la la la
Em cruel desilus�o

Chegou o desilusionista, pronto para curar
Utopias, paix�es e outros tipos de ilus�es
Constr�i espantosos n�meros com verdades
Bem mais velhas que fic�es

Vou come�ar por ajudar
Quem se quiser voluntariar
Quem mostrar um sorriso
Ou se julgar no para�so
E quem pensa que o Governo
N�o lhes vai ao ordenado
Chegue-se ao centro do palco
Para que fique j� curado

Que macabro abradacadbra
Tomou de assalto aquele lugar
No feiti�o da palavras
Que se ouviam cantar
La la la la la la la la
Gritava forte a multid�o
La la la la la la la la
Em cruel desilus�o