Cart�o Postal

Arranha a face, sangra o nariz.
Assim o povo diz.
Liberdade falta inspira��o
Fazer nossa uni�o.
Derrama o sangue, o inocente diz:
N�o fui eu quem fiz!
Preconceito n�o faz a raz�o
Voc� � meu irm�o!

Solo

A caridade vem do outro lado.
� coisa do acaso.
Se joga o lixo, a podrid�o corr�i.
Um ser igual a n�s

Faminta � a fome que tens que passar,
Depois na terra ejacular seu corpo frio, e sem pudor.
Um indigente sem tutor

Solo

Se a vida n�o presta, mas tens que viver.
Se ainda lhe resta matar ou morrer
Negra � sua cor, mas tu �s meu irm�o.
Pois o meu sangue nas veias que corre em suas m�os.

N�o pode mudar esta situa��o
Acabaria o ibope da televis�o
Mis�ria, descaso, prostitui��o.
Retrato falado � cart�o postal
Da nossa na��o...
Da nossa na��o...
Da nossa na��o!