Morrendo de Fome Em Cima do Ouro

Um dia bem cedo, tranquilo eu estava
Quando um algu�m bateu no meu port�o
Eu mais que depressa fui atender
Chamava-me urgente meu caro patr�o

Eu fim lhe pedir para voc� mudar
N�o posso lhe dar mais agrega��o
Porque agora somos obrigados
Dar ao agregado a indeniza��o

Ent�o nesta hora fiquei inquieto
Sa� como louco a procurar morada
Em todas as partes todos me diziam
Minhas lavouras s�o mecanizadas

Meu neg�cio agora � s� maquin�rio
N�o vou mais dar chance para agregado
Em vez de dinheiro pra indeniza��o
Eu formo invernada pra engordar meu gado

Ent�o nesta hora mudei pra cidade
Fui me abrigar numa invas�o
Veio o tal despejo, me jogou pra rua
Sai da� canalha, malandro e ladr�o

Um homem honesto de m�os calejadas
Sofrendo na alma tanta ingratid�o
Vivendo no mundo do tal desemprego
Sem uma chance de ganhar o p�o

Agora pergunto como vou fazer
Para sustentar meus pequenos filhos
Roubar � pecado, pedir � vergonha
Ningu�m d� esmola pra um homem sadio

Nesse mundo rico que a gente vive
Mas por�m de greve, de guerra e de choro
Tantos homens honestos de for�a e coragem
Morrendo de fome em cima do ouro