Eu conhe�o um velho que levanta sempre cedo
Liga o r�dio da cozinha e ouve quieto em seu sossego
Enquanto os filhos dormem passa reto pro banheiro
Fuma s�, s� por hoje... S� por hoje o ma�o inteiro
Abre a porta da rua e encara o c�u nem sempre azul
Com as costas queimadas de tanto andar ao sol
E sua mala pesada � amostra pro mundo ver o desigual
Que tamb�m pesa sob os ombros, nem todo mundo � imortal
Sabendo que h� uma familia esperando e dependendo do seu suor
E ele s� diz:
"Tudo bem, eu sei"
O velho diz:
"Tudo bem, eu sei"
"S� quero ficar um pouquinho pra ver no que vai dar..."
� velho, n�o se esque�a de mim
Pois n�o vou esquecer do que voc� �
� velho, o meu sangue � carmim
� igual ao seu, ser� at� o fim
E esse velho ama tanto sem saber se expressar
Todos sempre souberam disso
� um exemplo de luta onde quer que o velho v�
Ele assume seu compromisso
E esse velho � s� de nome, n�o aceita desaforo
� honesto o tempo todo, tanto tenta o velho tolo
Nem parece mesmo homem, tem a for�a de um touro
E com ele os fracos somem, em suas palavras de consolo
E ele nos diz:
"Tudo bem, eu sei"
Ele s� diz:
"Tudo bem, eu sei"
"S� quero ficar um pouquinho pra ver no qu� vai dar"
� velho, n�o se esque�a de mim
Pois n�o vou esquecer do que voc� �
� velho, o meu sangue � carmim
� igual ao seu, ser� at� o fim
Pois ele tem uma fam�lia, n�o h� tesouro que valha mais
Quando se tem uma fam�lia, � s� com ela que existe paz
Quando se tem uma fam�lia, guerra ou batalha tanto faz
Quando se tem uma fam�lia...
Quando se tem uma fam�lia...
� velho, n�o se esque�a de mim
Pois n�o vou esquecer do que voc� �
� velho, o meu sangue � carmim
� igual ao seu, ser� at� o fim
