Tu n�o tens culpa m�e, de eu ser s� isto
Havia dois caminhos, do diabo e de Cristo
Um terceiro inventei e nele me perdi
Ent�o criei sozinho um outro mundo, t�o belo
T�o perfeito como a curva suave do teu peito, que n�o vi
M�e quero ser pequenino, que os meus primeiros passos
Sejam iguais aos do menino sa�do dos teus bra�os, sem ambi��o
Tu n�o tens culpa m�e, de eu ser s� isto, perd�o
Diz-me, diz-me, minha m�e
Na tristeza desta hora
Quantas dores eu te custei
E te dei pla vida fora
Diz-me, se quando dormia
Nesse teu colo divino
A tua alma n�o pedia
A Deus, pelo teu menino
Diz-me tu, que me geraste
Meu vaso, minha raiz
Quantas l�grimas choraste
Plas loucuras que fiz
Todas as dores do passado
E do presente tamb�m
Descansa-as neste meu fado
Boa noite minha m�e