� meu amigo Jo�o
Em que terras te perdeste
Se por nada l� morreste
Meu amigo, meu irm�o
De nascen�a duvidosa Proibiram a tua inf�ncia
Transformaram-te em dist�ncia
Como bra�os de alcan�ar;
Foste folha a flutuar Arrastada pla corrente
E o teu sangue foi semente
Dos cifr�es doutro lugar
Gostavas de ouvir cantar
As modas da nossa terra
E as verdades que ela encerra
No seu jeito popular;
Teu corpo de tudo dar
Corre nas veias do mundo
Imenso, f�rtil, fecundo
Com for�a de terra e mar
Ponho aqui o recordar
Da agrura da tua morte
Por sobre sangue a gritar
Que n�o foi azar nem sorte;
A for�a do vento norte
Levou teu grito na m�o
Meu amigo, meu irm�o
Quem for�ou a tua sorte?