E no princ�pio era o verbo
E do verbo tudo se cria
Segundo a profecia
Quem nasceu primeiro foi a poesia
Ainda fora de compasso
O ritmo, veio depois
Ordenando a dan�a entre tempo e espa�o
N�o se sabe em que exato momento
O ritmo e poesia se entrela�aram no tempo
Mas se sabe que a vida � fruto desse casamento
O ritmo � movimento
A poesia � sentimento
O ritmo � forma
A poesia � conte�do e isso os diferencia
Pois poesia sem forma n�o tem ritmo
E ritmo sem conte�do n�o � poesia!
Um � matem�tica, o outro � gram�tica
Ora acelera, ora pede calma
O ritmo conduz o corpo, a poesia traduz a alma
� emp�rico e � esp�rito
Os dois adentram pelos ouvidos
E me deixam dividido
O ritmo embriaga os sentidos
A poesia me traz sentido
� o ru�do que faz o corpo vibrar
E o sil�ncio necess�rio para que ele possa respirar
Como os fluxos mar�timos
Que s�o guiados por ritmos
As ondas declamam poemas para vento
As rochas s�o pontos e v�rgulas
Que acentuam e repousam o andamento
O vento assobia a melodia
E quando a poesia encontra o movimento da batida
� a� que nasce a vida!
Como o cora��o que bate l� no �ntimo
Mesclando sentimento e ritmo
Ditando nossa cad�ncia
Compondo assim inigual�vel m�sica da exist�ncia
Por isso que cada momento
� um encontro in�dito que a gente presencia
Entre o ritmo da vida � procura da poesia!