Hist�ria de Cinema

Hist�ria de cinema, pegada hollywoodiana
Uma com�dia com drama, pro hall da cal�ada da fama
Nem jorge amado imaginaria essa trama
At� a cigana se engana, n� n�o?
Ao som de farside, de pique bonnie and clyde
Nem plebeia nem plebeu, romeu ou julieta
Era eu de jaqueta e camisa formal
Era ela de bombeta e um decote sensual

Ela toda de preta e eu de roupa clara
Eu careta e ela j� tinha enchido a cara
Umas quatro se pah, a saideira
Acho que s�bado, mas ela jura que era sexta feira
Um olhar, um lampejo, um cortejo com cautela
Um desejo, um ensejo e um beijo na boca dela
Uma brecha, uma flecha, um desfecho de novela
A porta fecha, aham, s� eu e ela
Eu e ela, hist�ria de novela, dif�cil de explicar
Eu e ela, no quarto a luz de vela, deixa eu te amar
Eu e ela, abre a janela, noite de luar
Eu e ela, olha onde foi parar

Eu tava na dela, mas logo notei
Que a gente n�o era assim, como imaginei
Eu todo certinho, ela toda sacana
Eu s�o paulino roxo e ela corintiana
Ela curtia o big, o bob e o jimmy
Eu gostava do chico, do criolo e do caymmi
Ela era do agita baile, eu de gil e caetano
Eu queria ser pasquale, ela falava que nem mano
A mesma idade s� que outro caminho
Eu fazia faculdade ela ainda tava no cursinho
Eu queria descansar ela queria ir pra balada
Eu dormia cedinho e ela s� de madrugada
Pr�xima cena claquete, sai da minha frente some
Bateu a porta e me xingou de tudo quanto � nome
Chegou at� jurar que era o fim
Pera l�, mas eu e ela n�o pode acabar assim


Eu e ela, chutou minha canela, quebrou meu celular
Eu e ela, bateu panela, e me mandou vazar
Eu e ela, olha onde foi parar, eu e ela
Dois anos depois ap�s o t�rmino de tudo
L� estava ela naquele mesmo lugar
T�o bela como sempre, sempre como ela s�
Ela e eu, eu e ela n�o podia ser melhor
�, sabe quando o tempo para e o cora��o dispara
E voc� fica mudo

Ai c� pensa, que mesmo as diferen�as sendo imensas
Se h� amor n�o h� quem ven�a pois ele compensa tudo
Agora estamos s�s, agora somos n�s
Queimando em fogo baixo, debaixo dos len��is
Minha boca em ti passeia, o cora��o borbulha
Na cama incendeia chega at� sair fagulha
Na agulha, cassiano faz a trilha sonora
Agora minha m�e te chama de nora
Nosso amor impressiona mais que quadros de portinari
Eu e ela, ela e eu at� que a morte nos separe
Eu e ela, minha cinderela, aquela que me faz sonhar
Eu e ela, um peda�o da minha costela, o meu perfeito par
Eu e ela, na capela, indo pro altar
Eu e ela, olha onde foi parar