� o canto que vem de algum canto
da gente matuta do nosso Brasil
De um caipira de um capoeira
ou de uma lavadeira na beira do rio
� o batuque dos Bantus
O canto dos Tupinamb�s
�, mistura a�, mistura pra ver no que d�
� nosso maior tesouro e ouro e ouro iorub�
�, mistura a�, mistura pra ver no que d�
�, mistura a�, mistura pra ver no que d�
Aben�oada seja a mistura
Da pele clara com a escura
Que enriqueceu a cultura de um pa�s inteiro
Aben�oada seja a diversidade
que firmou a identidade deste povo brasileiro
�, mistura a�, mistura pra ver no que d�
Somos essa miscigena��o espont�nea
Essa miscel�nea, essa galhofa
O branco o preto e o amarelo
O arroz o feij�o e a farofa
�, mistura a�, mistura pra ver no que d�
Transformamos o que tocamos como m�gico
Um povo antropof�gico
Que se alimenta de outros povos
Feito um feiti�o, feito fetiche
Vira mesti�o, vira maxixe
Do lamento da senzala ao lamento da ro�a
(Coisa nossa)
A palho�a o pandeiro de couro, nosso choro nossa bossa
(Coisa nossa)
O cord�o de ouro de mestre Besouro
Disc�pulo de mestre Al�pio
Pr�ncipe preto de princ�pio
Com capoeira, com capoeira
N�o h� quem possa, se bobear, leva uma co�a
� capoeira capoeira camar�
Paranau�, paranau� paran�
E o tempo passa, e a vida n�o ado�a
pra quem carregou saco e puxou carro�a
Desigualdade e preconceito, tamb�m � coisa nossa
Do Oiapoque ao Chu�, hip hop tupi, tropic�lia tup�
Xang� chamou xam�
Oxente! O rap aqui sempre foi cururu embolada e repente
Nossa l�ngua nossa g�ria nosso jogo de cintura
Nosso jongo nossa ginga se swinga, quem segura?
Quizumba quilombo que lembra Zumbi
Quizumba quilombo que lembra Zumbi
Tombando tabu, sou lundu, caxixi
Cambuci de argila Tarsila sou Abaporu
Como, Oswald de Andrade
Come, janta e almo�a
Devora digere se apossa
Coisa nossa, desconstruir
Eis a quest�o
Ser, ou n�o ser
Tupi, or not, Tupi