Essa p�tria t� son�mbula
Algum pilantra vai cortar nossa garganta l�
Desperta desse mantra j�
Levanta e v� ou ser� f�cil presa da tar�ntula
Entrar�o na nossa casa e tirar�o a nossa l�mpada
Na escurid�o afundar�o nossa esperan�a feito �ncora
Arrancar�o a nossa fl�mula, vamo l�
N�o perca tempo em v�o
Tem comiss�o que compra omiss�o, mas esses homens s�o
Ou melhor esses n�o s�o homens, n�o
E as mina v�o tomando a frente e a luta vai tomando forma
E quem n�o se informa se conforma com qualquer reforma
O rap � nossa plataforma de reivindica��o
E assim a fala se transforma em a��o, revolu��o
Tamo indo pra Bras�lia
� a queda da bastilha
Enquanto o pa�s engatinha
A gente engatilha outra ideia
Pra acabar com essa monarquia
Travestida de democracia
Corto a cabe�a da enguia
Antes que ela me engula
O Brasil t� sem guia
Sem rem�dio e sem bula
O poder perverso tem gula
O cora��o j� nem pula
Precisamos de um transplante de medula, urgente!
A sa�de t� doente
A educa��o pulou o muro da escola
E t� portando uma pistola
E vai matar um inocente
E como proteger a vida, se a bala t� perdida
Ent�o imagina a gente!
Pra n�s ainda � arma
Pra n�s ainda � luta
Ainda � muni��o pra derrubar
Pra n�s ainda � arma
Pra n�s ainda � luta
Ainda � muni��o pra derrubar
Pra n�s ainda � arma
Pra n�s ainda � luta
Ainda � muni��o pra derrubar
Pra n�s ainda � arma
Pra n�s ainda � luta
Ainda � muni��o pra derrubar
As minhas falas
N�o s�o versos, s�o verdades
Versos s�o apenas minhas maneiras de express�-las
Um governo sem zelo, constr�i senzalas
Crian�as sem pais crescem sem aulas, sem salas
E a pergunta que n�o cala
Quem escolhe quem vai pra vala
E quem vai pra Valhala? Vai fala?
A dor � muita, a dor � m�tua
E a injusti�a � uma filha de uma falha social que leva a culpa
Decidido numa c�pula que mais parece uma c�pula
De cr�pulas inescr�pula
Veja como a espada da justi�a aleija
Mas veja como ela nunca fere quem a maneja
N�o! Cuidado com esta adaga
A mesma que absolve presidente e condena Rafa Braga
Tamo pego no trampo sonhando com a mega sena
E o que foi pego no grampo nunca pega pena
Voc�s queriam arco-�ris, mas o sol n�o veio
Meu verso � o rel�mpago na escurid�o
Que corta o c�u ao meio
E nos desperta desse devaneio m�rbido
E nos liberta desse anseio s�rdido
O rap n�o � para acalantar meninos
� para acender sirenes e dobrar os sinos
Para convocar os mortos de suas tumbas l�gubres
E resgat�-los de seus sonos f�nebres
Pra n�s ainda � arma
Pra n�s ainda � luta
Ainda � muni��o pra derrubar
Pra n�s ainda � arma
Pra n�s ainda � luta
Ainda � muni��o pra derrubar
Pra n�s ainda � arma
Pra n�s ainda � luta
Ainda � muni��o pra derrubar
Pra n�s ainda � arma
Pra n�s ainda � luta
Ainda � muni��o pra derrubar