Prazeres Artificiais (part. Victoria Brito)

Parecemos peixes presos nessas redes
Somos p�ssaros que j� n�o voam mais
Hoje as gaiolas s�o essas paredes
Escravos de prazeres artificiais
E eu quero me livrar daqui
Juro mano que eu vou pular
S� pra ver se ainda sei voar
Ou ser� que j� desaprendi
E quando o mundo acabar
Nos veremos numa estrela por a�

Quero morar numa cabana
Mas S�o Paulo � uma savana
Nessa guerra insana
Cuidado vivemos num abismo irm�o
N�o vai confundir que a terra que � plana
Penso logo existo? N�o, nossa mente nos engana
O Sol n�o pensa, mano, mas diz mais do que qualquer filosofia humana
Por onde vou, me vejo mas nunca me acho
Se eu n�o tiver nunca me encaixo
Ou eu fujo ou eu finjo que eu tenho pra fingir que sou
Quero me livrar de tudo que eu tenho pra saber quem sou
J� n�o sei quem sou, mano, eu nada sou
Tudo bem, se sentir pequeno � t�o libertador
Quem joga os dados? N�o
Quem s�o os donos dos dados, irm�o?
Cavalos dados, n�o olhamos os dentes, n�s somos culpados
Teleguiados jogando �s cegas
N�o jogamos, n�s somos as pe�as
Somos asseclas, n�o somos as m�os, mas as teclas
Controlados por mentes ac�falas, doentes por c�dulas
N�o vemos o espinho s� p�talas, n�o vemos a concha s� p�rolas
Pera l� tamb�m quero-as, mas a ansiedade nos mata na v�spera!
Quando a solid�o me envolver com seu v�u
Tenho a sensa��o que s� quando as ra�zes chegarem no inferno
Minhas folhas poder�o alcan�ar o c�u

Eu quero me livrar daqui
Juro mano que eu vou pular
S� pra ver se ainda sei voar
Ou ser� que j� desaprendi
E quando o mundo acabar
Nos veremos numa estrela por a�

Quebre esse ovo pra nascer de novo
Sai do casulo
Cave esse t�nel, mesmo no escuro
Embaixo de todo deserto existe um oceano, eu juro
Quando c� nasceu c� chorou sem saber
Que era a vida te dando ar puro
Eu n�o sei do futuro, mas te asseguro
O Sol ainda brilha atr�s desse muro
Sou como uma ostra na concha
Fazendo joia com areia
Sou Pablo Escoba, constru� minha pr�pria cadeia, creia
Posso ser livre at� numa casca de noz
Mas � nessa casca de n�s
Que a verdadeira liberdade se semeia
Quando isso tudo passar, te encontro numa estrela
N�o quero tela, quero t�-la

Parecemos peixes presos nessas redes
Somos p�ssaros que j� n�o voam mais
Hoje as gaiolas s�o essas paredes
Escravos de prazeres artificiais
E eu quero me livrar daqui
Juro mano que eu vou pular
S� pra ver se ainda sei voar
Ou ser� que j� desaprendi
E quando o mundo acabar
Nos veremos numa estrela por a�