A sede de liberdade, rebenta a soga do potro
Que parte em busca do pago, e num galope dispara
Rasgando a coxilha ao meio, mordendo vento na cara
Bebe horizonte nos olhos, empurra a terra pra traz
J� vai bem longe a figura, mostra o caminho tenaz
Da humanidade sofrida, que luta em busca da paz
Vai potro sem dono, vai livre como eu
Se a morte lhe faz nega�as, joga na vida com a sorte
Desprezo da pr�pria morte, n�o se prende a preconceitos
Nem mata a sede com far�as, leva o destino no peito
Nas seivas das madrugadas, vai florecendo a can��o
Aquece o fogo de ch�o, enxuga o pranto de aus�ncia
Esta guitarra campeira, velho clarim da quer�ncia