Sou um choramingo de gaita nos fandangos de galp�o
Sou sopro do minuano, nas ramagens do rinc�o
Sou berro triste do gado, em dias de carnea��o
Sou a milonga sonora, no bojo do viol�o
Sou erva de mate amargo, sou bomba de chimarr�o
Sou a cuia de porongo, bailando de m�o em m�o
Sou �gua, sou a chaleira, sou fogo de ti��o
Sou a cinza branquicenta, que o vento espalha no ch�o
Sou gemido de carreta em rumo do infinito
Do rio grande sou a lenda, do ga�cho o piazito
Sou a cincha do bagual, sou pelego, sou lombilho
Resto de revolu��o, eu sou o sangue caudilho
Sou a alma do gaud�rio, vagando na imensid�o
Sou o grito de sep�, com sua lan�a na m�o
Eu sou a chama crioula, ardente do meu rinc�o
Sou resumo de ga�cho cultivando a tradi��o
