Do alto do Sumar�
Quando se desce a p�
Se avista o morro dos Dois Irm�os
Foi l� que nasceu um rebento
Em algum dado momento
� sombra do mastro da escravid�o
Esse moleque sabido
Cresceu num barraco ca�do
Ouvindo o batuque que vinha do ch�o
Em algum dado momento
Descendo a ladeira do vento
Viu um rosa ca�da no ch�o
Esse moleque atrevido
Pensando no amor esquecido
Pegou a flor e tomou em sua m�o
Foi nesse dado momento
Que ele fez um juramento
De um dia escrever uma linda can��o
S� que o moleque danado
Ainda n�o tinha encontrado
O amor que lhe desse essa inspira��o
At� que num dado momento
Trazido por um p� de vento
Escuta o som de um repique-de-m�o
Sem nenhum discernimento
Subiu o morro do Juramento
Levando consigo o seu viol�o
Desceu at� o Santo Cristo
Pela ladeira do Bispo
Levando a rosa que encontrou no ch�o
Foi nesse dado momento
Que esse moleque marrento
Se deparou com uma linda vis�o
Mangueira
Mangueira
Voc� foi meu primeiro amor
Ao chegar perto de ti
N�o consegui resistir
Me tomou a emo��o
Roubou o meu cora��o
Mangueira
Primeira
Emilinha me mandou
Eu vim andando a p�
Descendo l� do Sumar�
Com esses versos que fiz
Que trago pra te ofertar
Mangueira
Primeira
Vim declarar o meu amor
Ao som do teu balanc�
Me apaixonei voc�
Declaro a minha inten��o
Nas cordas do meu viol�o
Mangueira
Primeira
Foi Cartola quem chamou
No contra-p� do repique
No canto de Jamel�o
Trago essa rosa guardada
Junto com minha can��o
Mangueira
Primeira
Foi Braguinha quem mandou
Antes de me despedir
Deixo esses versos aqui
Com permiss�o do poeta
Vim pra cantar meu amor
Mangueira
Primeira
Foi Braguinha quem mandou
Antes de me despedir
Deixo esses versos aqui
Com permiss�o do poeta
Vim pra cantar meu amor