Vai Que a Vida Quer Levar

A meninada da pra�a calou-se
Chorou saudades quem nunca sorriu
Com passos magros do port�o
Vou meu cora��o
Teu colo guardo em versos
Junto ao viol�o

� Deus eu canto, encantos meus
Num sol de mar�o canso
E abanco-me onde passo
Um outro amor nasceu

Tantas estradas correm vida e dentro
Vai gente e tempo, permanecer�o
As altas noites do sert�o
Vozes, ora��o ventos de adeuses
Sem aceno ou dire��o

Quem fica, em parte, ir� partir
Um la�o feito, um rasgo
No fundo do peito
De quem prosseguir

E partindo atravessar
As secas do perd�o
Violando o cora��o
La�ando o peito abriu
Talho no mar
Isca e seu par

E n�o Cabendo em sonho assume:
- Amor, meu sangue � teu.
Vazando sem moer
A dor aguou o perd�o

Raios no breu
- N�o vai sarar!
Morreu de amor
E seu vento ateu:
Sorriu, brotou colo outra vez
Um sopro e dormiu

A manh� nasce, a ilus�o desfaz-se
Da veia escorre uma outra can��o
Trovas no mar de arriba��o
Corre a embarca��o
Lan�ada em labirintos
Bei�a a solid�o
Quietar num canto os passos meus
Quedo, mas quando penso
Ponho o p� no sonho
Permane�o adeus
Vai que a vida quer levar...