Quando Um Pinho Vem Chorar

Olhos voltados para um catre interior
Marcas de aus�ncia com sabor de nostalgia
Um fogo grande n�o aquece a alma inquieta
Que por lembran�as cada vez fica mais fria

O debru�ar do sol ardente no poente
Traz mais sil�ncios pros bra�os da solid�o
E a saudade aperta mais o par de puas
Pois nem a lua vem pratear minha escurid�o

E num lamento guitarreiro
Quebro o frio do entardecer
Milongueando sentimentos
Nas cordas de um bem querer
Que a saudade n�o se agranda
Quando um pinho vem chorar
Fazer farra co�as lembran�as
Num jeito bueno de �olvidar�

Milongueando sentimentos
Nas cordas de um bem querer
Que a saudade n�o se agranda
E nada mais h� de �volver�
De alma fria me parei
Ao p� do fogo a tremular
Mas foi a alma deste pinho
Que fez a minha se aquentar

Restam milongas dedilhadas num lamento
E o rancho quieto escutando estas can�es
Pois nesses fundos quem n�o tem jeito pra�os versos
Tem que aprender a conviver com as solid�es

O canto puro � poncho nas noites mais frias
Aquenta a alma e transborda das retinas
Sempre comigo tenho um pinho afinado
Pra o meu costado pelas folgas campesinas