A Ti, Cumpadre

Cumpadre, me paro num mate mirando de longe
Um bando de gente sem tino a guiar multid�es
Um povo que vive em labuta pra saciar outras bocas
E olhos de pura gan�ncia rondando os galp�es

Cumpadre, nos goles do mate repenso meus dias
Buscando sentido pras coisas que vejo, sem crer
Senhores roubando do povo at� mesmo os afetos
Peleando por conta de plata, raz�o e poder

N�o t� morto quem luta e peleia
N�o se achica quem tem f� no taco
E essa gente que ganha e n�o perde
Ora dessas vai ir pro buraco

Pois o mundo � pros bons e pros justos
Pra quem sabe ser todos por um
Quem preserva valores de vida
Na gan�ncia se mant�m em jejum

Cumpadre - perdoe a palavra - at� me d� nojo
Falar desses pobres patifes e suas raz�es
Pois vejo povoados carentes de �cobre� e mun�cio
E �o mormo atacando cavalos e n�o seus ladr�es�

Cumpadre, o mate acabando eu sigo na cisma
Rezando pra alma da gente que vive a lo leo
Confiando a vida nas m�os desse bando de loco
E com as minhas - em forma de prece - voltadas pra�o c�u