Quando abanco minha silhueta em frente ao galp�o posteiro
E miro os olhos campeiros na dire��o da mangueira
O vento frio corta o rosto sopra varrendo as planuras
Mostrando verdades cruas que ganhei aqui no posto
O mate me d� raz�o pra recordar o passado
Tantos momentos sagrados que tive nesse rinc�o
Pois o mouro me entendia quando no lombo eu pulava
Cumprindo a lida macha�a no arrebol dos meus dias
Me falta for�a nos bra�os pra tocar adiante a lida
Sinto esvair-me a vida que amparou os meus la�os
Pra quem domou nostalgias neste rancho solid�o
S� os olhos do cora��o conseguem ver alegrias
O ovelheiro ainda late � parece anunciar algu�m
H� tempos n�o vem ningu�m � a est�ncia virou saudade
Avisto o velho galp�o � parceiro desde a inf�ncia
E o que sobrou na dist�ncia s�o quadras de solid�o
Sinto findar o meu tempo mas n�o ficarei pra semente
Confio na minha gente, n�o vou restar ao relento
Aqui o destino � outro: Me deixem num campo firme
Pra um dia eu rebrotar livre feito uma alma de potro