No lombo de um verso
Troteando nas cordas do meu viol�o
Me paro solito a mirar o galp�o
E um cheiro de terra habita a morada
Num canto ga�cho que � parte de mim
Que deixa meu catre em alegria sem fim
Pois tudo que quero tenho nesse rinc�o
Um cavalo gateado e um cusco ovelheiro
Fi�is companheiros que tenho na lida
Um ranchito humilde, um pequeno terreiro
E uma linda morena por minha querida
S�o essas belezas silhuetas de um campo
Onde tenho faceiro tra�ada a minha vida
Retratado no verso que brotou desse canto
S� quando eu morrer pra fazer despedida
No gole do amargo
Que em manh�s de geada espanta o frio
Moldurado em ip�s corre manso um rio
E os lambaris e as tra�ras servem pra o sustento
Tenho erva pura folha pra o meu chimarr�o
E a paz infinita que brota do galp�o
Me deixa a esmo, de tranco macio