O crioulismo me ampara
Nessa dist�ncia da est�ncia
Reto�o minha pr�pria �nsia
Quando a saudade dispara
E vai buscar numa farra
Alento pra solid�o
Que embu�ala o cora��o
Palanqueia e senta as garra
Preciso alambrar um campo
Erguer mangueiras e bretes
Preciso soltar os fletes
Que habitam meu pensamento
Esses cavalos que invento
S�o tropilhas de saudade
Que enfreno ao final das tardes
Quando mateio em sil�ncio
Quem traz poncho por galp�o
E nos bocais faz seu destino
N�o perde o rumo e o tino
Quando sai pra fazer tropa
Leva um ter�o a meia espalda
Para a prece madrugueira
E o cora��o na algibeira
Junto ao retrato da amada
� preciso ter na alma
Um cora��o que dispare
Cada vez que a gente pare
Para doar-se em can��o
� preciso amar a terra
Com ganas no sentimento
Pois h� quem viva ao relento
Mas ningu�m vive sem ch�o