O sol ainda nem botou garras no dia
E planando a calmaria se estende pelos rinc�es
O c�u pampeiro prateado em nesgas de lua
Se faz a estampa xir�a mais linda desses fund�es
Por essas horas junto os aperos de mate
Enquanto o ovelheiro late na madrugada tordilha
Um cerne de angico sustenta a chama gaviona
Que abra�ada na cambona pede sil�ncio � coxilha
Enquanto o ovelheiro late na madrugada tordilha
Vida de campo, jeito bueno de viver
Come�a no amanhecer e vai at� o dia ter fim
Vida de campo, campereando sol-a-sol
E nas brasas do arrebol o meu rancho volta pra mim
Depois da lida o regresso pra'o galp�o
Um mate novo na m�o e um viol�o que me chama
Ternas ess�ncias, parte de um ritual sagrado
Pra quem preserva o legado da pura alma serrana
Abra�o o pinho e vou dedilhando a esmo
T�o distante de mim mesmo, cantando pra'o horizonte
E entre os acordes a pampa inteira se p�ra
Pro sol esconder a cara levando o dia em reponte
T�o distante de mim mesmo vou cantando pro horizonte