Um cheiro de pedra molhada
Um beijo sem dono e sem dor
Em qualquer canto minha morada
Em qualquer viol�o sempre � bom querer
Compor um canto, um conto, um santo
Enquanto o c�u
Tiver brilhando azul
No meio de predios e casas
No meio da gente cansada
Lembrar que a labuta � sagrada
Mas n�o devia machucar
Os dedos sempre, sempre v�o tocar
As bocas sempre v�o se abrir no ar